quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Serviço de utilidade pública: cuidado com o golpe no Mercado Livre!

  Caros amigos, o post de hoje trata de um assunto sério: tentativas de golpe no Mercado Livre. Esse post é feito como favor a pelo menos 2 amigos e outros contatos que fiz e coincidentemente têm algo em comum: foram vítimas de um cidadão que está burlando o sistema do site de vendas para aplicar golpes e se manter ativo por lá.

  Sem muitas delongas: fiquem espertos com o vendedor SEBONOVAGERACAO (nick novo) / SEBODAALEGRIA / LPRECORDS - Daniel da Silva Pereira (nome que usava até então no cadastro, provavelmente deve ter mudado já que ele vem mudando o nick do cadastro com frequência). E-mail discos_livros@yahoo.com, telefones (entre outros): 066 8133-8827 / 011 21933679 / 011 991783264 / 021 995569881 / 011 996434215 / 011 953729929 / 011 945085002. Usa contas em nome de: Jair Alves Garcia (Caixa Econômica, Ag. 0275 op 013 conta 127084-0) / Carlos José Nogueira da Silva (Bradesco, Ag. 0137 Banco 237 conta 1014012-9) / entre outras que estamos reunindo. Muda a localização do perfil com frequência também, SP capital, Itú, Atibaia e por aí vai (embora nas respostas às perguntas do anúncio menciona também outras localidades como Curitiba, BH, Rio, etc conforme for conveniente).
  Os dados aqui fornecidos foram obtidos através de denúncias, dos amigos mencionados e do Facebook onde também encontramos referências ao bandido aqui mencionado. Os três anúncios mais utilizados por ele para aplicar golpes: Tim Maia - Racionais vol. 1 e 2 (geralmente em um preço na base de R$900), o qual está ativo no Mercado Livre agora mesmo, inclusive, e utilizando fotos de outros anúncios, é claro:
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-735105179-lp-tim-maia-racional-vol-1-e-volume-2-_JM#D[S:HOME,L:RECOMITEM-CORE-UNO-START,V:1]
Outros dois anúncios que ele utiliza bastante: Roberto Carlos - Louco Por Você (geralmente entre R$1.500 a 1.700, também utiliza fotos de outros anúncios e sites, incluindo de uma cópia em moldura) e Playstation 3 a R$700.

  O modus operandi dele é básico: faz um anúncio a preço espetacular e coloca na descrição que aceita, inclusive, retirada em mãos (balela, mas já chegamos lá). O preço está tão bom porque "o disco é de um amigo, é do pai, é do tio, pagou barato, o cachorro achou e levou pra casa", enfim, aquele tipo de desculpa! A partir daí é óbvio que o comprador se surpreende e empolga! Quem paga por Mercado Pago recebe seu pagamento de volta em seguida e o estelionatário liga para o comprador, inventando uma desculpa, convencendo-o a pagar parte em depósito e parte por MP. É educado e atencioso a princípio, para dar a ilusão de bom vendedor, mas a partir daí enrola o comprador até o último minuto e embolsa o valor depositado. Devolve o valor pago por MP pra manter a imagem de bom vendedor e também burlar o site (afinal o ML o pegaria rapidamente se não devolvesse o pagamento feito na plataforma deles), enquanto se usa de 1001 desculpas pra não devolver o valor do depósito ("vendeu a conta" e não vai mais responder, teve problema de saúde, investiu a grana e vai ter de aguardar mais vendas, não tá na cidade, aliens o assaltaram no caminho de casa, etc).
  Duas perguntas que vocês vão se fazer e podemos responder: a) como ele consegue burlar o site com tais golpes? e b) e aquele papo de "retirada em mãos"?
Mas ah, vejam como é fácil: a) ele vende um bocado de discos baratinhos, daqueles que a gente compra em lote a baixo custo, pra manter qualificações positivas e assim enganar a equipe do site à primeira vista, além de fingir colaboração pro site não suspeitar e b) absolutamente NINGUÉM até hoje que tentou negociar pagamento e retirada em mãos conseguiu tal façanha, ele obviamente inventa mil desculpas pra tentar fazer a pessoa depositar o valor e depois embolsar, além de sempre citar uma localidade diferente pro acervo. Exemplo: se alguém de SP capital (que foi uma das localizações de cadastro usadas previamente por ele) se interessar por retirada em mãos, o cidadão vai dizer que o item está em Curitiba, etc.

  Quanto ao item a), uma sugestão sincera deste que vos escreve: antes de culpar o site Mercado Livre, devemos ver como o site funciona e pensar no lado deles. Eu já fui muito ajudado pelo ML com certos problemas e posso lhes dizer que sair bravejando aos 4 ventos todo tipo de ofensa não é a forma correta de se proceder, e o site terá razão em não saber como ajudar a partir daí. O usuário que for lesado deverá, obrigatoriamente, abrir reclamação antes do fim do prazo de qualificação. Deve-se mostrar transparente e disposto a resolver o problema, e o principal: fornecer provas para que o site tenha como proceder da maneira correta. Inclusive há a possibilidade de denunciar anúncios antes mesmo de qualquer compra, está lá a opção para quem precisar e tiver como provar! Quando me refiro à provas, me refiro ao fato de que há uma opção de anexos na reclamação e denúncia, de forma que o usuário poderá fornecer prints, comprovantes e afins para mostrar a fraude. O site com certeza tentará ajudar de alguma forma, por mínima que for, se existirem as devidas provas. É assim que se procede com as denúncias de perfil e, por fim, suspensão do usuário.

  Não é fácil, meus amigos, mas devemos ficar atentos e fazer nossa parte! Avisem seus amigos, e não se deixem "cegar" por qualificações positivas de imediato - faça a devida pesquisa antes e analise todas as qualificações negativas possíveis pra ver se há alguma denúncia maior e/ou padrão de golpe. Vide que o golpista aqui mencionado possui muitas qualificações positivas, que é a forma dele burlar o site por enquanto. A sorte é que prevejo uma organização de compradores lesados e, quem sabe, a partir daí as coisas mudem. Não adianta xingar aos 4 ventos: aja com sensatez, realismo e transparência. Reuna provas e contatos. O site com certeza dará ouvidos assim que as reclamações se mostrarem sólidas!

Forte abraço!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Um guia sobre etiqueta ao usar Mercado Livre, eBay e afins. Parte 1: compradores.

  Bom dia, amigos!

  O post de retorno do blog não vai ser sobre algum vinil em específico e nem sobre música, mas sim sobre algo importantíssimo relacionado ao nosso meio: etiqueta ao usar Mercado Livre, eBay, Discogs e demais sites de venda. 
  Sim, eu diria que deve ser visto exatamente assim como escrevi: etiqueta! Se trata, afinal de contas, de ter educação, bom senso, classe e elegância ao negociar os nossos queridos bolachões, e eu tenho percebido que isso tudo está, infelizmente, muuuuito em falta no nosso mercado. Tanto da parte de vendedores quanto de compradores! O post é baseado em experiências pessoais que tive ao longo dos anos nos mais diferentes sites de venda, comprando e vendendo, bem como em tudo que vejo e ouço falar de amigos e até mesmo desconhecidos a respeito de suas experiências.

  Vejam bem: colecionar/negociar vinis é com certeza algo muito prazeroso. Aquela sensação de finalmente ter em mãos um disco querido, depois de dias aguardando pelos Correios, é maravilhosa. Tenho certeza de que para um vendedor que trabalha com isso por amor ao formato, também é muito prazeroso poder ajudar quem busca aquele disco querido. Antes de este disco chegar às mãos de um cidadão, no entanto, vem algo essencial à experiência como um todo que é, justamente, a parte da negociação - e o correto é que esta seja agradável tanto a quem compra quanto a quem vende. Infelizmente a gente sabe que não é bem assim sempre, e que nesses anos comprando em sites online a gente acaba topando, mais cedo ou mais tarde, com algum comprador ou vendedor em particular que estraga todo aquele prazer citado anteriormente. Muitas vezes temos de lidar até mesmo com pessoas que parecem pensar que possuem direitos onipotentes, acima até mesmo da tua dignidade. Absurdo.

  Hoje veremos a primeira parte desse guia sobre etiqueta, tratando dos compradores. É normal ver gente soltando aos 4 ventos "DIREITO DO CONSUMIDOR", não é mesmo? Mas nem sempre é assim que as coisas são ou deveriam ser. Para cada vendedor ruim, infelizmente existem também vários compradores que simplesmente não sabem usar sites de compra online. Vejamos algumas dicas importantes:

  - Caro comprador:
* Sabe aqueles avisos típicos de Mercado Livre, que dizem: "só clique em comprar se tiver certeza absoluta da compra"? Eles não estão ali à toa! Hoje em dia o Mercado Livre oferece anúncios grátis, os quais possuem exposição mínima (sequer aparecem nos itens do vendedor, só com muita pesquisa encontramos - é ideal para vendas diretas por inbox de Facebook, no entanto), mas qualquer vendedor que queira um pouco de exposição e maior chance de vendas acaba partindo pro tal do "anúncio clássico", anúncio este que gera taxas/comissões toda vez que alguém confirmar uma compra. No momento em que tu clicas na confirmação, estás gerando taxas pro vendedor, e ele terá sim de pagá-las mesmo que tu decidas não concretizar a compra! Pior ainda pra quem opta pelos tipos de anúncio com maior exposição, pois a taxa é ainda mais cara! Não é nada mais do que educação ter isto em mente e não sair clicando em "comprar" à toa. Pense bem da próxima!

* Saibam sobre o envio nacional: os Correios oferecem diversos tipos de envio, cada um com sua peculiaridade e valores. Os três mais comuns no meio dos vinis são: PAC, Sedex e Carta Registrada. PAC é o mais normal, leva uma média de 5 a 14 dias pro recebimento, e o valor é razoável, dependendo da região (o pior caso é de norte a sul ou vice-versa, onde o valor chega a uns R$25). Sedex é o envio mais rápido, como sabemos, mas também o mais caro. Costuma levar uns 3 dias ou 4 pra chegar, e isso na pior das hipóteses. Estou meio por fora dos valores, mas é seguro dizer que está (quase) o dobro do valor do PAC.

  O terceiro método que mais ouvimos falar é o mais problemático: Carta Registrada! Esse é aquele famoso método que um vendedor diz que vai custar R$10 e aí de repente os compradores começam a pensar que envio sempre custa R$10 e/ou é sempre possível enviar por esse método, e até mesmo reclamam se outros vendedores informarem que não é possível. O comprador precisa ter em mente que Carta Registrada oficialmente é um método de envio apenas para documentos de até 500g. Isso implica em alguns problemas: o primeiro é que nem toda agência topa enviar um pacote por Registrada se for qualquer coisa além de documentos, óbviamente. Em teoria e prática, as agências que topam enviar discos por Carta Registrada estão ERRADAS e seus funcionários podem ser punidos por isso. Passou do primeiro problema? Vem o segundo, que é até mais importante: se o limite de peso é de até 500g, surge o risco de não ser possível proteger o pacote de forma tão segura quanto seria possível com PAC ou Sedex. Um (1) LP bem embalado em caixa de papelão, com placas de papelão no interior e plástico bolha, facilmente passa de 500g. Surgem aí aqueles vendedores que embalam seus discos com isopor e/ou papel pardo quando sabem que a agência mais próxima aceita isso e querem "baratear" os custos de envio. Ótimo, muito nobre querer oferecer envio barato. Mas o barato pode sair caro, até porque os Correios são verdadeiros craques em danificar pacotes, e isopor não tem o mesmo nível de proteção do que uma caixa bem embalada. Isso me leva a outra coisa importante...

* Tenha bom senso pra diferenciar quando a culpa por algum problema no envio é do vendedor ou dos Correios: ...O pacote chega na tua casa e o vinil está quebrado! E agora?! De quem é a culpa?
Na teoria, a culpa começa pelos Correios: são eles que transportam o pacote e deveriam prezar pela integridade deste. Infelizmente os serviços deles são de mediocres pra horríveis, então jamais faça uma compra esperando que eles vão cuidar bem do pacote porque simplesmente não vão. Há um PORÉM no entanto: como era a embalagem na qual o disco chegou? Era segura? Pois sim, a culpa começa pelos Correios, mas é obrigação do vendedor estar ciente dos problemas que ocorrem em nosso país com o envio e prezar, também, pela integridade do item que está enviando. Se o disco chegou embalado apenas em papelão fino, jornal ou qualquer coisa desse tipo, o vendedor passa a ter tanta culpa quanto os Correios pelo prejuízo (falarei mais do vendedor na segunda parte do guia), afinal ele não deu a mínima pra integridade do disco a ser transportado. Quanto a problemas com atraso: meu amigo, não é o vendedor que está levando o pacote até a sua casa! No minuto em que o vendedor deixou o pacote nos Correios e lhe passou o código de rastreio, qualquer reclamação sobre atrasos deve ser direcionada aos Correios e ninguém mais. No máximo, o vendedor deve lhe ajudar com a reclamação mas não é, de forma alguma, culpa dele que o pacote está atrasado!

* Os dois itens anteriores também servem pra envio internacional: tenhamos bom senso e educação sempre! O brasileiro tem má fama com vendedores internacionais por motivos concretos. Somos um dos piores povos no que se diz respeito a compras lá fora, pois muitos de nossos compradores não sabem usar essa etiqueta da qual tanto falo, e pra piorar a situação os nossos Correios muitas vezes passam informações errôneas aos nossos compradores com o intuito de se livrarem de qualquer culpa que possam ter sobre o destino dos pacotes em nosso solo.

  Não vou elaborar muito sobre os envios dos diversos países afinal isso levaria uma eternidade! Apenas tenham em mente que envio internacional demora, pra começo de conversa. Os métodos de envio mais baratos demoram de 30 dias a mais - menos do que isso é exceção e não regra. Outra coisa é que estes envios mais baratos raramente possuem rastreio, então não adianta reclamar que não tá podendo acompanhar pois infelizmente é assim mesmo. O jeito é pagar mais pra registrar o pacote, e assim ter mais tranquilidade! No caso dos EUA, sempre recomendo o Registered Mail, que é uma taxa de cerca de U$13,50 em cima do valor do First Class e aí é possível rastrear o pacote pelos Correios daqui. É a forma mais barata de se enviar um pacote com registro lá dos EUA (Priority é mais rápido e tem rastreio completo, mas custa mais).

  Tá, mas deixando a demora de lado, e quando um pacote desaparece? Amigos, lamento informá-los, mas aí vem o motivo número 1 das reclamações dos vendedores de fora a respeito dos brasileiros: é muito normal pacotes sumirem aqui no país, principalmente os sem registro, e é mais normal ainda os nossos Correios informarem aos compradores que eles devem exigir o dinheiro de volta do vendedor, pra assim não ter "culpa no cartório". Lembra quando comentei que não era o vendedor que iria levar o pacote até a sua casa (e por isso deveriamos ter bom senso)? Encaixa aqui também: pode até doer, mas pense no lado do vendedor, que fez sua parte. O fato é que nosso país tem sérios problemas no sistema postal, e isso não é culpa de qualquer vendedor internacional. Até mesmo casos de furto são bem comuns aqui, e digo isso por experiência (já tive pacotes furtados dentro dos Correios e inclusive em uma ocasião estive em contato com o diretor de um CDD dos Correios onde isso havia ocorrido mais vezes). Lembrem-se disso sempre que um vendedor se recusar a enviar pro Brasil, pois é fato que eles tomam muito prejuízo "graças" aos brasileiros (e outros países com problemas similares aos nossos). Enquanto nós brasileiros aceitarmos isso e jogarmos nossa raiva pra cima dos vendedores ao invés dos verdadeiros culpados, as coisas não irão mudar. Continuando assim, eu diria que é muita hipocrisia nossa reclamar dos vendedores que tomam prejuízo mundo à fora por nossa culpa. Pensem nisso! O ideal em casos assim é mantermos o nível, e se considerar o item à venda essencial, tente ter um papo agradável (em inglês) com o vendedor. Já tive ótimas experiêncais assim, onde o vendedor sentiu confiança e ficou à vontade pra tentar o envio pras nossas terras (sob minha total responsabilidade, é óbvio).

* E por último, mas importantíssimo: seja cordial em suas negociações! Ninguém tem culpa se o seu dia foi ruim ou se o fulano lhe prejudicou no passado. Não é assim que a vida funciona, meus caros. Trate o próximo com carinho e educação!

  E eu fico por aqui, acho que cobri alguns dos pontos mais importantes dos compradores. Próximo post: parte 2, vendedores! Vamos fazer nosso melhor pelo mercado nacional dos vinis. :)
Abraços!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

1 ano depois...

  Saudações!

  Meus caros, antes de mais nada devo me desculpar pela falta de posts. A vida é feita dessas coisas, creio: tanta coisa acontece em tão pouco tempo, que a gente começa a pegar novos hábitos, deixa outros de lado, se foca em novos projetos...

  Em 2014 fiz dois posts com bastante carinho, e 1 ano depois vejo que ainda estão relevantes. No do Lou Reed talvez eu corrigiria alguma coisa menor, mas as informações estão corretas - a única coisa que talvez poderia ser diferente são os arquivos em .mp3, pois de lá pra cá tivemos o lançamento da edição "Super Deluxe" do terceiro album do Velvet Underground, e esta contém boa parte das músicas do arquivo nº3 ("Work In Progress") em novas remasterizações e mixes, algumas radicalmente diferentes, como é o caso de I Can't Stand It (finalmente lançada sem o reverb digital excessivo da masterização de 1985, bem como um solo de guitarra inédito, que foi cortado da versão '85). Talvez eu atualize o arquivo um dia desses pois o trabalho dessa edição Super Deluxe ficou muito bom!

  No post do alerta, eu até diria que é uma pena que todas as informações ainda são relevantes e válidas! Reli o post e fiquei decepcionado que nesse último ano tanto se falou da tal "volta do vinil" mas os problemas citados todos continuam. Continuei vendo, por exemplo, cópias piratas do Louco Por Você pipocando em sites de venda e sendo passadas como originais, e fiquei sabendo através de um amigo que uma dessas cópias até mesmo foi encontrada por ele em uma loja da capital paulista, em uma capa xerox. É aquela coisa: tudo OK se os vendedores forem transparentes com os itens vendidos, deixando claro que é pirata, mas passar gato por lebre não é muito diferente do que fazem os políticos tão críticados por nosso povo! Corrupção tem em todos os níveis, diga-se de passagem. O mesmo vale pros polimentos e afins mencionados, tudo continua do jeito que estava...

  Mas a vida segue! Nesse ano que se passou aconteceram muitas coisas comigo, desde mudança de cidade até a entrada na faculdade, e no que se trata de vinis também pude agregar um tanto de experiências novas, de novas informações encontradas em minhas pesquisas à itens cobiçados finalmente entrando na minha coleção. É realmente uma experiência sem igual finalmente ter em suas próprias mãos um disco tão procurado, não? Enfim - vou tocando nisso nos posts futuros. Peço a compreensão e apoio de todos, pois com certeza o blog vai voltar à ativa (em muito breve) e vontade de botá-lo a andar com textos honestos e compreensivos a respeito de todo tipo de música é o que não falta. Tenho materiais bem interessantes a discutir!

  Agradeço muito. Qualquer coisa, podem me encontrar no Facebook: facebook.com/williamcampbell.mitsuharusan. Forte abraço!

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Serviço de utilidade pública #1: LPs piratas vendidos como originais / LPs polidos vendidos como zerados - cuidado!

Olá, amigos!

Hoje passo rapidamente para alertar colecionadores e apreciadores de vinil a respeito de algo bastante comum em nossos dias: cópias piratas, feitas "a pedido", vendidas como os originais. Quase toda vez que temos um disco raro e caro surge um "mercado alternativo", visando satisfazer a demanda daqueles que querem obter o tal disco e não se importam se isso for possível através de uma cópia "alternativa". Um exemplo recente é o do maravilhoso The Boatman's Call do Nick Cave & The Bad Seeds, cujo LP original é bastante escasso e, por causa da demanda, começaram a aparecer cópias piratas no ano passado, as quais estão vendendo bastante. Esse mercado surge também porque nos últimos anos começou a ficar mais fácil entrar em contato com quem faz vinil e produzir cópias de material que não se encontra disponível há muito tempo - daí o termo "a pedido" que usei anteriormente, já que o cliente pode facilmente fazer o pedido de uma cópia única de algum disco raro para uso pessoal. O problema surge quando alguém resolve ir além, fazendo uma cópia pra tentar passar como original e fazer um dinheiro fácil - e sujo - no processo. O que me motivou a fazer o alerta foi o seguinte anúncio no Mercado Livre:

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-558325188-roberto-carlos-louco-por-voc-lp-impecavel-_JM

O LP Louco Por Você (Columbia 37171), lançado em 1961 e primeiro registro do futuro "Rei" em Long Play, é escasso e vale uma grana, ainda mais se estiver em bom estado ou melhor, quanto a isso não existem dúvidas. É realmente um candidato forte pro mercado alternativo e é até de se surpreender que cópias piratas não estejam "pipocando" pra satisfazer a demanda. Um grande problema é que nosso país ainda é iniciante no que se trata de documentação de discos, prensagens e afins, e ainda é fácil passar uma dessas cópias piratas como um original por fortunas ao invés de investir em uma tiragem numerada pra vender com transparência - e infelizmente é o que se vê no link acima.

Por o que parece ser um bom negócio levando em conta outras cópias - legítimas, diga-se de passagem - em estado similar (ou polidas, mas trato disso logo mais), está sendo vendido um suposto original em ótimo estado por R$3.900,00, cerca de R$1.100,00 mais barato do que o preço costumeiro no Mercado Livre. Vemos até que há gente interessada no campo de perguntas, negociando de diversas formas. Passando os olhos rapidamente nas fotos é fácil ser enganado, ainda mais que o original é escasso e fica difícil ter uma cópia em mãos pra fins de comparação caso o cidadão (ou cidadã) não esteja familiarizado com LPs da Columbia dessa época. Uma olhada com mais calma principalmente na última foto do selo, no entanto, nos entrega a situação: é uma cópia alternativa, provavelmente feita a pedido em algum momento dos últimos anos. É difícil dizer algo definitivo a respeito da capa, mas as fotos do disco deixam claras que não é um original. A partir dessa constatação surge a dúvida: teria sido o vendedor enganado quando ele comprou o disco de outra pessoa ou será que ele próprio fez a cópia? O Vinyl Therapy não está aqui para causar controvérsias e lançar julgamentos, mas vale apontar que no campo de perguntas o vendedor cita ter comprado o disco há mais de 15 anos, e o fez apenas pela raridade do LP já que não possui mais nada do Roberto Carlos. Uma coisa que chama a atenção a respeito dessa história é que há 15 anos ou mais o mercado das cópias feitas a pedido ainda não era de fácil acesso como hoje em dia - hoje basta encontrar o website de uma empresa responsável por cópias, enviar imagens do material a ser copiado, pagar e aguardar recebimento.

Má índole ou não, o que fica claro é que há algo de errado com essa cópia do Louco Por Você. Vejam uma foto de um LP do meu acervo lançado pela Columbia mais ou menos naquela época:



Há alguns detalhes que estão substancialmente diferentes no suposto original do Mercado Livre quando comparados com um Columbia legítimo, entre eles:
* Tonalidade do vermelho mais puxada pra laranja, algo comum de acontecer quando se trata de cópia pirata;
* O selo da cópia do Mercado Livre é totalmente "flat", ou seja: um selo "liso", sem a deep groove (aquela marca circular maior que pode ser vista na imagem do meu 'S Twist, cortando a parte inferior da palavra Columbia) e que também apresenta uma marca circular não compatível com um original no furo central;
* Vendo a última foto do selo dá pra perceber o tipo de material usado na confecção do mesmo - isto é algo que infelizmente fica difícil explicar sem um pirata em mãos, mas quem possui uma cópia alternativa recente pode verificar. O The Boatman's Call que citei no início do post possui selo igual. Recomendo olhar atentamente o lado esquerdo do selo na foto, onde é mais fácil perceber;
* Olhando o lado esquerdo do selo na foto citada também é possível enxergar o que parecem ser falhas de recorte do papel, algo que é muito comum em cópias feitas a pedido (novamente, o The Boatman's Call pirata é um ótimo exemplo);
* As fotos do LP tiradas de uma certa distância nos mostram uma run-out groove (aquela parte escura ao final do disco onde a agulha desliza para ser retirada) que não é compatível com outras cópias legítimas do mesmo disco.

Além dos detalhes citados, é sempre válido questionar a autenticidade de um item quando este é muito raro e de repente aparece em ótimas condições, ainda por cima a preço abaixo do costumeiro. No Brasil, muito que infelizmente, temos poucos casos de LPs raros em tais condições. Uma breve visita ao Mercado Livre, por exemplo, nos ensina que há um nível absurdo de desinformação no que se diz respeito à conservação de um disco e que muita gente pensa que disco com capa detonada e vinil cheio de riscos é "natural", equivalente de "bom estado". Se já não fosse o bastante tanta desinformação e problemas na hora de comprar, ainda surge outro, relacionado, que vale citar pois é uma verdadeira doença do mercado brasileiro de vinis: polimento. É exatamente o que devem estar pensando: com produtos químicos que danificam totalmente o disco um cidadão resolve polir o vinil pra deixá-lo mais "bonito" e aparentemente sem riscos. É como uma plástica: a pessoa acha que mexendo naquilo que era vai se tornar algo melhor. Balela! O polimento não acaba com pulos, ruidos, pipocos e quaisquer outros defeitos que o disco tinha, ele apenas fica visualmente "bonito" e se bobear ainda ganha uma distorçãozinha chata causada pelo processo. O pior é que até nisso é similar à plástica, pois um disco polido tem aparência muito característica e que na minha opinião nem de longe é tão agradável quanto um vinil sem modificações. Os compradores e colecionadores devem ficar atentos aos discos cujas grooves/sulcos parecerem demasiadamente uniformes, quase sem definição. É algo complicado de capturar em foto, mas o disco polido perde a aparência natural das grooves e adquire uma característica quase fosca, causada pelos produtos químicos usados. Dependendo da intensidade do processo até mesmo o número de matriz na run-out groove fica afetado!

O 'S Twist acima, do meu acervo, foi vítima desse processo. Comprado online de uma loja paulista, estava descrito como um disco em "ótimo estado" - no entanto é polido. Entrando em contato com a loja após o recebimento e constatação do processo fiquei sabendo que o dono passa os discos com riscos para outro cidadão, de forma a "limpar os riscos" (o que é impossível, devo dizer). Segundo quem me respondeu o e-mail, eles desconhecem o "procedimento" (colocado entre aspas mesmo por ele), que "está mais para bruxaria" pois eles não sabem exatamente do que se trata, dando a entender que ou eles realmente não entendem do assunto ou preferem acreditar que não há nada de errado no que fazem. Há várias lojas bastante conhecidas adeptas do processo danoso, principalmente em São Paulo - fiquem espertos. Algumas vendem seus discos até no eBay. O polimento também é outra forma de enganar compradores e não está tão distante do caso do LP pirata sendo vendido como original, afinal é um disco modificado vendido como "ótimo" ou às vezes até "zerado". Fechando o círculo e voltando ao nosso caso inicial, há uma cópia aparentemente original do Louco Por Você no Mercado Livre por R$5.500,00, descrita como em excelente estado...

...Seria um disco polido?


domingo, 4 de maio de 2014

Terapia #1: RCA 104.4029 - LOU REED (1972) (original LSP-4701)

Saudações, caros amigos!

Peço profundas desculpas pelo sumiço/demora. Certamente alguns perceberam que eu havia começado um post a respeito do LPM-1254 Elvis Presley, prometendo uma segunda parte. A princípio me pareceu um post ideal para começar o blog, mas sinceramente com o tempo me questionei a respeito da decisão e também sobre a maneira com a qual eu iria desenvolver o post. Não quero que nenhum material apresentado se torne "maçante", ou seja: dividido em várias postagens e apresentando de vez várias prensagens, e isso era exatamente o que eu estava fazendo! Ia ser um começo muito chato pro blog, então apaguei o texto, a idéia e resolvi começar do zero com algo totalmente diferente. Perceberão que no fim de cada post daqui pra frente encontrarão links para download do material - e bônus - em audio, assim vocês podem ir ouvindo todo o material relacionado ao post enquanto lêem a respeito (e, diga-se de passagem, tudo devidamente analisado e selecionado por mim - o show do post de hoje, por exemplo, teve seu 'pitch' totalmente corrigido para que vocês não encontrem problemas na hora de curtir o som).


Ontem recebi uma jóia dos tempos do "bolachão" no Brasil: o 104.4029 da RCA, Lou Reed, lançado em 1972. Esse disco é deveras interessante em vários níveis, a começar que de uma forma geral ele é pouco conhecido quando se fala de Lou Reed. Pense rapidamente no cara e me diga o que vem à mente. Acho que não vai ser grande pecado eu arriscar em dizer que a maioria esmagadora pensou em Transformer, certo? Até mesmo quem não ouve o "Tio Lou" já viu pelo menos a capa um dia! É O disco associado ao artista. Temos também New York, Sally Can't Dance e mais alguns títulos, mas o ponto aqui é que Lou Reed teve uma carreira solo que vai de 1972 a 2012 (quando os problemas de saúde o 'pegaram' e ele se afastou, até infelizmente vir a falecer em 2013, em um domingo, dia 27 de outubro) e raramente alguém lembra que o Transformer não foi o primeiro disco dele. Há algumas razões pra isso, no entanto.

O disco não vendeu bem, pra começo de conversa, já que não trazia nada que fizesse jus à genialidade de Reed e que fosse extremamente original na época de lançamento (abril/72 nos EUA). Não me entendam errado: Lou Reed (o disco) é bom! Mas fica difícil considerá-lo um p*ta disco se levarmos em conta o material do Velvet Underground (que o "Tio Lou" praticamente escreveu todo) e os demais discos solo, que viriam a seguir. Sim, é uma comparação injusta já que em 1972 não dava pra adivinhar que discos melhores viriam, além de que pouca gente conhecia/lembrava dos Velvets e do Reed (ele praticamente desapareceu depois que saiu do VU em 1970, passando 1 ano em bico redigindo na firma de contabilidade do pai, acreditem se quiserem!). O problema é que até por isso o disco deveria ser melhor, afinal de contas era uma questão de reconhecimento e de mostrar que se tratava de um artista genial e com histórico, concordam? Seja lá como for, Rock & Roll bom ou não, o disco não esteve de acordo com os padrões comerciais e esperados e acabou vendendo pouco, o que consequentemente também fez este disco sumir do mercado por anos e anos. E se a RCA já tinha razões suficientes aí pra esquecer esse "debut" fraco, depois do lançamento do Transformer não sobraram dúvidas mesmo! Com a ajuda de David Bowie (fã declarado de Lou Reed e do Velvet Underground e artista contratado da RCA na época) foi criado um LP simplesmente genial, que trazia o melhor do artista que Reed era, com uma sonoridade totalmente original, relevante ao mercado e à música em 1972, e assim se perpetuou a imagem do "Lou Reed Transformer". Nada mais justo.


E aqui no Brasil, já que estou postando o disco brasileiro? Bom, pra começo de conversa, até 1972 o público geral aqui definitivamente não sabia quem diabos eram os Velvet Underground, Lou Reed e por aí vai. Se nos EUA já se tratava de algo underground de fato, imagine aqui! Juntando esse fato com o histórico de falta de documentação que temos no que se diz respeito a datas de lançamento em território brasileiro, divulgação e por aí vai, acabamos com algumas incógnitas do porquê de a RCA brasileira ter dado uma chance a este primeiro LP do Lou Reed. Certamente já se tinha conhecimento de que não havia vendido muito bem lá fora, afinal os discos por aqui sempre apareciam com alguns meses de atraso e o código de catálogo da nossa edição (104.4029, novo catálogo da RCA brasileira - não se preocupem, pois farei um post a respeito disso em breve!) deixa bem claro que o disco saiu no segundo semestre do ano. Transformer só deu as caras lá fora em novembro e apesar do atraso acho que não levou tanto tempo assim pro Lou Reed (o disco) aparecer aqui, até porque daí teria mais lógica lançar o Transformer e não este primeiro LP que sequer vendeu bem. Parece que foi questão de "sorte"! De qualquer forma, uma coisa é certa: se lá fora o disco vendeu mal, aqui foi pior ainda, tanto que o disco é bem escasso e muita gente nem sabe que saiu no nosso país. Fica claro também que o disco vendeu mal pois a nossa RCA não teve coragem nem de lançar o gigante Transformer aqui, que ficou representado apenas por um compacto (Walk On The Wild Side), e só voltariam a apostar no Lou Reed em '74 com o LP Rock 'n' Roll Animal.



Fatos de lado, e a opinião a respeito da música? Volto a dizer algo que comentei anteriormente: não se deixem levar apenas pela quantidade de vendas, o disco é sim uma boa ouvida. Das 10 faixas, 7 são composições da época do Velvet Underground que a banda não lançou em albuns e Lou Reed reaproveitou aqui, mudando alguma coisa nas letras e arranjos. Hoje em dia temos a chance de fazer comparações e constatar que as versões do VU são todas bastante superiores, o que acaba um pouco com a "graça", mas temos sempre de lembrar que em 1972 isso não era de conhecimento do público e fica injusto analisar o disco através desse ponto de vista, de comparações. Penso também que se vamos ouvir o album do início ao fim é pra curtir o material apresentado e não pra ficar comparando, concordam? E ouvindo Lou Reed eu francamente ouço um bom disco de Rock & Roll, coeso, que soube reaproveitar aquelas 7 composições dos tempos dos Velvets e fazer algo que soa uniforme. Não é nada genial pra época, mas quando ouvimos um disco de Rock & Roll não ficamos à espera apenas de genialidade, nós queremos ouvir um disco que mantenha o padrão de qualidade do início ao fim - e este disco faz isso muito bem. Temos boas faixas agitadas, como I Can't Stand It e Walk And Talk It; momentos raros de inocência por parte do Tio Lou, com I Love You e Love Makes You Feel; a versão original da belíssima Berlin, clássica, que acabou gerando um album inteiro em volta da estória, entre outras. É definitivamente um bom disco de Rock & Roll e uma boa ouvida, mesmo não sendo o momento mais brilhante de Lou Reed. Só pra finalizar minha opinião, acho que as duas maiores "falhas" do disco de estréia do Reed foram Ride Into The Sun e Ocean. Acho bacana ele não ter deixado essas duas faixas se "perderem no tempo" e as versões do disco se encaixam bem no todo, mas se for fazer uma comparação com as versões originais, com os Velvets, vish! Ocean, principalmente, é na minha opinião épica na master de 1970, enquanto Ride Into... era impecável na versão VU de '69, lindíssima. Mas deixarei vocês ouvirem e formarem suas próprias opiniões.



E falando em ouvir, fiquem tranquilos: estou deixando logo abaixo três links pra vocês conhecerem o disco original bem como um pouco de história relacionada! O show anexado no segundo link, registrado em 15 de julho de 1972 no King's Cross Cinema, em Londres, é um dos primeiríssimos do Lou Reed como artista solo, e primeiro da turnê do disco de estréia. O repertório traz boa parte das faixas do LP, além de alguns clássicos do VU (White Light/White Heat, Heroin, Sweet Jane - que recebe uma baita reação da platéia - e outras). Já o terceiro link traz uma coletânea que fiz pra vocês, a qual chamei de "LSP-4701: trabalho em progresso" e na qual inclui todas as versões existentes de estúdio dos Velvets para aquelas 7 faixas do LP solo do Tio Lou, além de 5 seleções ao vivo.

Algumas observações importantes que deixo pra vocês antes de ouvirem a coletânea: I Can't Stand It, Lisa Says, Ride Into The Sun e Ocean são versões master e por isso soam mais polidas que as demais. Essas 4 faixas foram gravadas pela banda com um album em mente, o qual não chegou a ser realizado. Ride Into The Sun é uma versão de matriz de acetato, ou seja: que foi feita apenas para fins de análise dos membros da banda. Escolhi essa versão pois se trata do único exemplo da master lançado com vocais - a versão oficial lançada em 1985, de fita, é instrumental (não se sabe ao certo a razão, mas possivelmente haviam perdido a multi-pista com vocais na época). Ocean é a master de 1970, gravada nas sessões para o album Loaded. Na minha sincera opinião é uma versão muito superior à master de 1969 e por isso a selecionei! As versões ao vivo com o Velvet Underground são todas de 1969 e à estas adicionei duas versões acústicas de 1972 para Berlin e Wild Child, até mesmo por motivos históricos. Essas duas faixas foram gravadas em uma reunião de Lou Reed, John Cale e Nico em Paris e são ótimas versões pra completar o "lado ao vivo" da coletânea. Espero que gostem!

Downloads:
01 - Album original: Lou Reed (1972)
02 - Lou Reed ao vivo: King's Cross Cinema, Londres, 15/07/72
03 - A história por trás do disco: versões do Velvet Underground
Peço que, por favor, invistam no material original quando possível e assim ajudem a manter o legado do artista vivo para as próximas gerações! O disco original está em catálogo como parte do box "Original Album Classics". As demais faixas se encontram fora de catálogo no momento, mas não é difícil ainda encontrar os CDs do VU que as possuem. O show foi disponibilizado gratuitamente por fãs para fãs.

Vídeos relacionados:


Espero que tenham gostado do post e que motive vocês a ouvir mais desse fantástico artista que foi e sempre será o Lou Reed, o "Tio Lou" como alguns de nós chamamos.

Até a próxima!
MitsuharuSan

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Teste inicial / Introdução

Olá!

Este é o Vinyl Therapy!, um projeto que venho pensando em pôr em prática há muito tempo e que hoje, 21 de fevereiro de 2014, finalmente decidi tornar público. Pra quem me conhece do Facebook não é nenhuma novidade/surpresa me ver dedicando tempo a falar e informar a respeito de vinis e música em geral, mas creio que já era hora de dedicar um espaço apenas para o assunto. As redes sociais nos dão amplas oportunidades de compartilhar informações e conversar a respeito do que for desejado, mas é muito fácil ter um post passando despercebido tendo em vista a quantidade de postagens diárias por lá. Às vezes dedicamos bastante tempo no texto apenas pra este ser "enterrado" por inúmeros compartilhamentos de imagens e afins! Nada melhor, então, do que criar um espaço apenas para o assunto em questão.

O título deste blog vem justamente do Facebook: há algum tempo atrás resolvi compartilhar informações e imagens do meu acervo com os amigos interessados. Na ocasião criei um album de fotos e, refletindo, dei o nome de "Vinyl Therapy" ("Terapia do Vinil") - é de fato uma terapia na minha vida! Não há palavras para expressar o bem que faz pesquisar, aprender e lidar com os queridos "bolachões". Dedicar tempo a essa paixão é como fazer uma rápida limpeza de espírito, pois não há muito o que importe na hora em que se tem um vinil em mãos e se considera a história por trás da cópia. Há quem exija que suas cópias sejam perfeitas, mas eu particularmente acho interessante até mesmo se há alguma assinatura. É possível ir longe com os pensamentos ao considerar a origem da cópia em mãos e isso leva a uma sensação muito agradável. Como falei: terapia!

A proposta do Vinyl Therapy! é basicamente unir o útil ao agradável: irei trazer posts acerca de vinis, com informações e comentários, tentando gerar nos leitores também essa sensação de terapia. A partir daí vou também trazendo artistas e títulos que julgar merecedores de espaço e reconhecimento. Vamos manter o interesse nos vinis sempre presente assim, ao mesmo tempo que talvez eu possa estar trazendo algum material que vocês não conheçam e acabem gostando! Se eu julgar necessária a apresentação de trabalhos que não estão disponíveis no formato, farei dentro de contexto sempre que possível (artista que tem material lançado em LP/EP/single, trabalho que remete aos anos em que o formato era comum, etc). Espero que esta proposta possa produzir resultados positivos e que a boa música afete a vida de vocês como afeta a minha!

Eu sou o Luís. É um prazer compartilhar essa paixão com vocês. O blog está disponível em mono e stereo, trazendo textos em estado mint para que não hajam quaisquer ruídos de fundo na leitura!
Abraços e muito obrigado pelo apoio e atenção!